terça-feira, 22 de maio de 2012

Mina de Neves-Corvo- A possuidora do Cobre


A mina de Neves Corvo situa-se em Castro Verde . 
 A sua exploração começou em 1982 e mantém-se em curso . Mas ,desde 1981 até os dias de hoje que uma vasta equipa de  especialistas tem feitas várias construções,adquirido vários utensílios para a descoberta daquilo que a mina tem para nos oferecer.A existência de numerosos minérios de cobre e ferro na faixa Piritosa Ibérica foram determinantes no modo de vida das populações aí residentes,tendo existido a prática de mineralização desde o Calcolítico( Idade do Cobre ) que se situa entre o Neolítico e a Idade do Bronze( aproximadamente 2500 a 1800 a.C) .Na época romana foram exploradas vários jazigos de sulfureto, do sector português da faixa Piritosa Ibérica,como  por exemplo a do São Domingos. 

Actualmente,como foi acima referido a única exploração mineira existente na faixa Piritosa Ibérica é da mina de Neves Corvo, onde existe  uma elevada produção de concentrados de cobre e estanho, e no futuro a produção de zinco. A organização deste projecto mineiro tem conduzido à descoberta sistemática de novas reservas de minérios complexos. A actividade extractiva na mina de Neves Corvo salienta-se ainda pelo respeito, pelas normas ambientais mais exigentes, sendo um bom exemplo de mineração ecológica.
Porém , a maioria das minas da faixa Piritosa Ibérica  encontram-se abandonadas pois,  todas as tentativas de exploração lá tentadas  não provocaram qualquer tipo de impacto ,causando apenas gastos. A mina acima referida é uma excepção ,cujas todas as explorações  lá feitas apresentam impactos ambientais significativos ,principalmente a nível hidiográfico.
A Ribeira de São Domingos, afluente do rio Chança, constitui um exemplo de um curso de água afectado pela drenagem não controlada de efluentes ácidos provenientes da área mineira de São Domingos. Os troços da rede hidrográfica situados a jusante dos centros mineiros da faixa Piritosa Ibérica ,  encontram-se afectados em vários quilómetros com águas de pH ácido .No caso da mina de São Domingos, a inexistência de políticas protectoras do ambiente no seu processo de encerramento traduz-se, actualmente, numa pesada herança reflectida na presença de um grande volume de escombreiras onde se identificam metais como  Cu, Pb, Zn, As, Sb e Ag.


  Bibliografia :




Rita Pereira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Novas técnicas de captação de Carbono


Estudos comprovam que a apesar da grande libertação de carbono para a atmosfera feita pelo homem, não é na atmosfera que se encontra a maior concentração deste gás. Este gás encontra-se em grandes quantidades nos oceanos e nas florestas.
Para retirar este gás que contribui para o aumento de estufa foram desenvolvidas algumas técnicas artificiais. Quando se pretende retirar o carbono do oceano podem-se optar por duas hipóteses: por injecção directa ou por fertilização do oceano. O processo de injecção directa consiste em interiorizar directamente no oceano CO2, que ao se dissolver na água vai reduzir o seu pH deixando a água mais ácida. Este processo tem grandes desvantagens pois como se altera a composição química da água, leva á morte de alguns organismos existentes na zona onde o gás é injectado. O processo de fertilização dos oceanos é a adição de ferro em zonas onde a produtividade biológica é limitada, isto provocará um aumento do fitoplâncton, acelerando a fotossíntese e por conseguinte a diminuição do carbono.
Já quando se pretende retirar o carbono existente nas florestas a única hipótese é a reflorestação das florestas, mas este processo não é rentável pois a emissão de gases de efeito de estufa é muito superior ao utilizado pela floresta, logo nunca retirará carbono da atmosfera nem a curto nem a longo prazo.
Podemos concluir que apesar de existirem muitas maneiras de retirar carbono do planeta, ate agora isso não foi rentável pois implicam grandes custos e alterações nos ecossistemas.

Fig.1- Esquema representativo das quantidades de carbono libertadas para a atmosfera.


Referências:



Mariana Marinho

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Convento de Mafra



Figura 1- Convento de Mafra

O Convento de Mafra é um monumento importante a nível arquitectónico, histórico e cultural, testemunho do século dezoito em Portugal pela sua grandiosa beleza. Para a sua construção foram utilizadas rochas existentes na região  nos quais estão inseridos importantes elementos geológicos e paleontológicos de elevado valor patrimonial e cultural e natural.

Figura 2 - Claustro Central. 
 (Coluna em liós e Chão revestido de liós)

claustro central no Convento de Mafra tem uma coluna constituída por liós e o chão revestido por liós ,um tipo raro de calcário encontrado na região de Lisboa e arredores nomeadamente na serra de Sintra, sendo aqui extraído nos arredores da vila Pêro Pinheiro.
Os seus depósitos foram formados no período cenomaniano-cretácico num ambiente de mar pouco profundo de águas quentes e límpidas propícias á proliferação de organismos de esqueleto carbonatado construtores de bancos de recifes. A rocha caracteriza-se por ser um calcário bioclastico e calciclastico compacto, rico em biosparite e microsparite, geralmente de cor bege.



Figura 2- Sala da Benção




Na Sala da bênção podem-se observar desenhos geométricos com vários tipos de rocha da região representantes de idades e contextos geológicos distintos. 
Todas as litologias utilizadas na construção do Convento de Mafra , são exemplos de rochas sedimentares. O calcário de S. Pedro é um mármore (rocha metamórfica). Esta rocha originou-se devido à acção de elevadas temperaturas das rochas magmáticas sobre o calcário encaixante quando se instalou o Maciço Eruptivo de Sintra. Desta forma, as rochas existentes na região de Sintra (Mafra) reflectem duas fases importantes e distintas da História Geológica da região. Por um lado, testemunham vários episódios sedimentares em que se formaram espessos depósitos calcários, muitas vezes intercalados com níveis margosos ou até areníticos (Jurássico –Cretácico, entre 160 a 90 Ma atrás). Por outro lado, são evidências
dos fenómenos magmáticos e vulcânicos que se deram na região por volta dos 100 e 70-80 Ma e que levaram à formação de filões basálticos ainda hoje observáveis na região de Mafra, e à instalação do Maciço Eruptivo de Sintra, que se encaixou entre formações do Jurássico Superior.

                   Figura -Sala da Bênção - pormenor do chão(Amarelo de Negrais,
                       Liós abancado,Azul de Sintra,Calcário de Mem Martins)


Pode observar-se uma laje de grandes dimensões de Liós com Rudistas com marcas de corrosão química
(carsificação) pela água das chuvas levemente acidulada pela dissolução de dióxido de carbono atmosférico incrementado pelos efeitos de poluição automobilística.


Sala da Bênção – pormenor do tecto (Liós,Azul de
Sintra, Liós Abancado)




Figura - Biblioteca do Convento De Mafra


Figura - Estante da Biblioteca

Da biblioteca do Palácio constam perto de 38 000 volumes, divididos por temas. A biblioteca faz uma cruz: a norte o saber religioso, a sul o saber  científico, posicionando-se o saber clássico no braço do cruzeiro.

Bibliografia:

Rita, Joana , Mariana G.



"Como a Terra nos fez"


No decorrer de várias aulas de Geologia visionamos um  extraordinário documentário intitulado “Como a Terra nos fez” , composto por uma série de  5 episódios apresentados pelo professor  Iain Stewart.
Ele mostra como a Geologia, a Geografia e o Clima influenciaram a Humanidade ao longo dos séculos.
Dos 5 episódios disponíveis foram-nos apresentados 2 denominados:
-Deep Earth (Interior da Terra);
-Water (Água).

No episódio Deep Earth, Iain explora a relação entre as profundezas da Terra e o desenvolvimento da civilização humana. Visitando uma caverna de cristais no México, descendo por um buraco no deserto Iraniano de 50 metros e que se arrasta por túneis de 700 anos. A sua exploração mostra ao longo da história, que os nossos antepassados tinham uma atracção por falhas geológicas, áreas que ligam a superfície as profundezas do planeta. Essas falhas forneceram acesso a importantes recursos, mas também trouxeram grandes perigos.
No episódio seguinte, Iain explora a nossa complexa relação com a água. Visitou lugares extraordinários na Islândia, Médio Oriente e Índia, mostrando como o controle da água foi vital para a existência humana. Acompanhando o ciclo da água, do qual dependemos, revelando como os habitantes das bases dos Hiamalaias construíram uma estratégia para lidar com as chuvas tropicais que lhe iam surgindo. Ao longo do tempo, o nosso êxito dependeu da nossa forma de adaptação e controlo sobre os recursos hídricos.



Sónia Silva & Mariana Marinho


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fafe-Energias Renováveis


Como já se sabe os recursos energéticos que mais utilizamos são finitos. Para que possamos continuar a ter acesso a certas regalias é melhor começar a prevenir antes que o petróleo e o carvão se esgotem.
Fafe decidiu investir nas energias renováveis, mais propriamente nas energias eólicas. Desde 2008 que o Parque Eólico das Terras Altas de Fafe, com 53 aerogeradores tem produzido energia eléctrica a partir do vento. Actualmente este parque produz energia eléctrica suficiente para abastecer os concelhos de Fafe, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto (90000 habitantes).

Fig.1- Aspecto do Parque Eólico das Terras Altas de Fafe
Fig.2- Exemplo de um aerogerador
Referências:


Mariana Marinho

África está em cima de um enorme reservatório de água


Numa notícia adiantada pelo jornal Público, revela que recentes estudos elaborados no continente africano, descobriram que este possui um grande reservatório de água no seu subsolo. Este aquífero contém uma quantidade de água 100 vezes superior à encontrada há superfícies. Os investigadores estimam que este aquífero tenha cerca de 0.66 milhões quilómetros cúbicos.
O problema que se coloca neste momento é que estes aquíferos actualmente não são recarregáveis e um abuso da extracção de água pode levar há extinção dos aquíferos, mas com um conhecimento mais aprofundado destes aquíferos e com a colocação de furos em locais apropriados, e houver uma exploração de água cuidadosa existe água suficiente para beber e para a irrigação das populações.

Fig.1- A falta de água potável é o problema de 300 milhões de pessoas em 
África


Referências:

Mariana Marinho

Ötzi…Homem do Gelo tinha olhos castanhos, tez branca e intolerância à lactose

Em 1991, um casal de alpinistas alemão encontrou no Vale Ötzal, a 3120 metros de altitude, um corpo mumificado, que há milénios o frio, o gelo e a escuridão protegeram da deterioração. O Homem do Gelo foi encontrado e descrito. Como múmia, Ötzi é mais completo do que os faraós egípcios, pois continua a ter todos os órgãos. Tinha 1,59 metros, pesava em vida 50 quilos e quando morreu teria cerca de 46 anos. Vestia couro de cabra e tinha se alimentado, recentemente, de carne de veado e cabra. O cabelo era rico em arsénio e cobre, o que poderá indicar que trabalhava com a fundição de cobre. Com ele viviam uma série de parasitas: piolhos do cabelo, piolhos do corpo, lombrigas. Sofria de artrose. Tratava-se para algumas destas maleitas e, para um homem do neolítico, viveu bastante. descobriu-se que tinha uma seta enfiada no ombro esquerdo que o terá ferido mortalmente e uma outra ferida profunda na mão direita. Os cortes tê-lo-ão feito perder sangue durante horas, em sofrimento, até morrer e indicam ter havido uma luta. A equipa liderada por Albert Zink, do Instituto de Múmias e do Homem do Gelo, sequenciou o ADN dos cromossomas de Ötzi. Os resultados mostram que o Homem do Gelo tinha provavelmente olhos castanhos, pertencia ao grupo sanguíneo O e era intolerante à lactose, açúcar do leite, Além disso, tinha pele branca e tendência genética para aterosclerose coronária. Mas esta nova análise de Ötzi também serviu para comparar a sua assinatura genética com as populações humanas que existem hoje na Europa. A população geneticamente mais próxima do Homem do Gelo vive hoje na ilha da Sardenha, no Mediterrâneo.
Fig1-Estudo da múmia de Ötzi

Fig2- Representação do Ötzi
A análise das sequências genéticas permitem-nos conhecer uma serie de características do ser em estudo e compara-lo com as populações actuais. Assim é importante o contínuo estudo da múmia do homem do gelo.
Ficamos à espera de novas noticia sobre a história de Ötzi.
Referências:

Evolução humana… Neandertais poderiam já estar perto da extinção quando nos encontraram

Investigadores do Centro de Evolução e Comportamento Humano da Universidade Complutense de Madrid, analisou o ADN extraído do osso de 13 Neandertais. Os indivíduos viveram entre os 100.000 e os 35.000 anos, e foram encontrados em sítios arqueológicos que se estendem desde a Espanha até à Ásia.
Os cientistas analisaram a variabilidade do ADN mitocondrial e verificaram que havia muito mais variabilidade entre os Neandertais que viveram há mais de 50.000 anos, do que os indivíduos que viveram durante os 10.000 anos depois, pouco antes de se terem extinguido. Os indivíduos com menos de 50.000 anos tinham uma variabilidade genética seis vezes menor do que os mais antigos. Isto evidencia um fenómeno que provocou a morte de um grande número de pessoas desta espécie. Depois disto, sucedeu-se uma re-colonização da Europa a partir de populações de Neandertais vindas de Ásia. Segundo o artigo, a variabilidade do genoma dos Neandertais antes do tal fenómeno que ocorreu há 50.000 anos era equivalente à variabilidade da espécie humana. Depois do fenómeno, essa variabilidade passou a ser menor do que a que existe hoje entre a população da Islândia.
Este fenómeno poderá estar ligado às alterações climáticas. Pensa-se que há cerca de 50.000 anos alterações nas correntes oceânicas do Atlântico causaram uma série de temporadas geladas que alteraram inclusive a cobertura vegetal da Europa.
O que quer que tenha acontecido depois, quando os humanos modernos foram migrando pela Europa, continua a ser uma incógnita. Mas estes dados sugerem que as populações de Neandertais que os nossos antepassados encontraram seriam muito mais homogéneas a nível genético e por isso muito mais vulneráveis a alterações no ambiente.

 Fig1-Representação de uma família de Neandertais
A análise do ADN mitocondrial indica que os Neandertais poderiam ser mais sensíveis a mudanças climáticas dramáticas que ocorreram durante a última Idade do Gelo, do que se pensava anteriormente, levando os cientistas a pensar que não foi a competição com o homem moderno que levou à sua extinção. 
Referências:


Sónia Silva 

sexta-feira, 23 de março de 2012

A evolução humana segundo a teoria proposta por Ian Tattersall...

No decorrer de uma aula de Geologia foi-nos proposta pelo professor a escolha de uma árvore genealógica e reflexão sobre o porquê da nossa escolha. 


Segundo a árvore genealógica da evolução humana proposta por Ian Tattersall e a proposta pelos outros cientistas tudo começa com um ancestral comum entre os seres humanos, chimpanzés e gorilas. Chegaram a esta conclusão depois da análise de registos fósseis encontrados, embora não encontrassem registos que evidenciassem a separação que ocorreu. Estas árvores são muito imprecisas, devido á falta de existência de informação.
Para Ian Tattersall existiu um ancestral comum de nome ardipithecus ramidus que após 4 milhões de anos evoluiu para ardipithecus anamensis que 500 milhares de anos depois evolui para ardipthecus afarensis. Aos 3 milhões de anos atras ouve uma maior divisão referenciada na árvore distribuída por três ramos. A cada um corresponde um ancestral nomeadamente Paranthropus aethiopicus, ardipithecus africanus e ardipithecus garhi, surge aqui também um outro ramo a cerca de 31 milhões de anos atras onde tem a origem homos e desaparece o ancestral A.garhi. Aos 3.4 milhões de anos o ancestral A.africanos funde-se no ramo Homo. Há 2 milhões de anos o ramo proveniente do paranthropus aethiopicus, subdivide-se em dois dando origem ao P.boisei e P.robustus e o ramo Homo divide-se em H.rudolfensis e H.habilis. Este ramo Homo sofre mais uma evolução aos 2.2 milhões de anos evoluindo para H.ergaster. Entre os 2 e 1 milhões de anos desaparece a espécie paranthropus continuando apenas a evoluir a espécie Homo mas apenas evolui o ancestral H.ergaster. A 1 milhão de anos este ancestral evolui para H.erectus e H. heidelbergensis, que aos 0.8 milhões de anos divide-se em H.sapiens e H.neanderthalensis que acaba por este não se permanecer ate aos dias de hoje. Actualmente apenas encontramos o H.sapiens. Não se sabe ainda qual o fim do ancestral H.neanderthalensis, pois uns afirmam que eles se extinguiram mas surgiram dados que mostram que talvez se possam ter fundido no ramo H.sapiens. 



Fig.1- Evolução Humana segundo a teoria proposta por Ian Tattersall




Mariana Marinho & Sónia Silva

Como é que as Glaciações do quaternário influenciaram a espécie humana?

O quaternário é caracterizado por alterações climatéricas de grande impacto, varias camadas espessas de gelo o que levou a que o nível do mar sofresse alterações tal como o seu abaixamento que fez com que os períodos de aquecimento global e os interglaciaricos fossem se alternando. O holocénico é considerado o último período interglaciário do quarternário.
No começo do pleistocénico grandes extensões de terra foram cobertas com uma folha grande de gelo. Em alguns períodos de diminuição do tamanho de folhas de gelo, o clima ficou mais quente.
O principal facto do quaternário foi a evolução humana e o dispersão  da espécie humana. No início do pleistocénico os primeiros hominídeos (homo erectus) espalharam se de África para a Ásia e Europa, mais tarde, durante a última glaciação, o homem moderno (Homo sapiens) chegou à Austrália e América. A extinção de muitos mamíferos, principalmente os de grande porte, durante a última glaciação pode também ter contribuído para a rápida expansão territorial dos humanos nesta altura.
No início do Pleistoceno Paranthropus espécies ainda estão presentes, assim como os primeiros ancestrais humanos, durante o paleolítico inferior  desapareceram, e a única espécie de hominídeos encontrados em registros fosseis é o Homo Erectus para grande parte do Pleistoceno. Esta espécie migrou durante boa parte do Velho Mundo, dando origem a muitas variações dos seres humanos. No final do Paleolítico Médio houve o aparecimento de novos tipos de seres humanos, bem como o desenvolvimento de instrumentos mais elaborados do que os encontrados em épocas anteriores. De acordo com o calendário técnicas mitocondrial, os humanos modernos migraram da África depois da glaciação riss (penúltima glaciação)  no Paleolítico médio e espalharam-se por todo o mundo livre de gelo durante o Pleistoceno tardio.


Fig.1- Glaciações durante o Quaternário

Fig.2- Terra durante o Quaternário






Joana Gonçalves 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Projeto demográfico “árvore genealógica da Humanidade”

Numa aula de Geologia visionamos um documentário em que uma equipa de cientistas resolveu elaborar um estudo sobre a origem da Humanidade. Para isso instalou-se no bairro de Quens em Nova Iorque, devido à sua grande diversidade cultural. Assim começaram a recolher amostras de ADN de diferentes pessoas, analisando os resultados e por fim elaborando a sua distribuição geográfica tendo em conta as duas teorias evolucionistas existentes: teoria da continuidade regional e origem única.
Depois de concluídas as investigações e revelados os resultados muitas pessoas ficaram surpreendidas por terem origens diferentes daquilo que pensavam.
Os investigadores concluíram que África é o berço da Humanidade.

Fig.1-Distribuição geográfica da Humanidade.






Sónia Silva & Mariana Marinho

Primatas do velho e do novo mundo

Primatas do Velho Mundo

A Ordem dos Primatas, a qual incluí os lêmures, macacos e humanos, surgiu com pequenos animais insectívoros há aproximadamente 70 milhões de anos atrás, esses mamíferos espalharam-se por vários continentes dando origem a diversas espécies.
Um dos mais antigos primatas que se conhece é o Plesiadapis (aproximadamente 60 milhões de anos).

Ilustração 1- Plesiadapis(Velho mundo)

Os seus descentes refugiavam-se no alto das árvores e esse estilo de vida trouxe mudanças evolutivas tais como:
  • Garras que se transformaram em unhas achatadas
  • Olhos que migraram para frente da cabeça o que torna a visão mais aperfeiçoada e facilita a avaliação de distâncias e cores.

Há aproximadamente 50 milhões de anos o Adapis

Ilustração 2-Adapis(velho mundo)

ü *Possuía os olhos voltados para frente da cabeça
ü *Garras modificadas
ü *Hábitos já eram arborícolas (animais em que a vida se dá principalmente nas árvores)

Há aproximadamente 45 milhões de anos surge o Necrolemur

Ilustração 3-Necrolemur(velho mundo)


*Possuía as palmas das mãos e a sola dos pés "carnudas", facilitava assim a aderência aos galhos.   


Há aproximadamente 40 milhões de anos houve uma divisão que dá origem aos macacos do novo mundo que são encontrados nas Américas Américas(platirríneos das florestas tropicais) e os macacos do velho mundo são distribuídos pela África, Ásia e Indonésia (catarríneos, que são ancestrais directos dos homens). O sentido do olfacto dos primatas diminuiu, mas a sua inteligência aumentou com o desenvolvimento do córtex cerebral.

Primatas do novo mundo:

Apresentam uma longa cauda preênsil que funciona como uma quinta mão usada para se pendurar em galhos.

*São de menor porte
*Possuem cauda comprida
*Narinas afastadas que se abrem lateralmente

Ilustração 4-Platirríneo(novo mundo)

Ilustração 5-Catarrhini(catarineo)


Há aproximadamente 17 milhões de anos atrás a África se chocou com a Ásia, formando uma "ponte de terra" entre os dois continentes (Egipto-Israel), que possibilitou a passagem de várias espécies para ambos os continentes e uma delas foi o ancestral dos actuais orangotangos, que migraram de África para o sudeste asiático, um deles foi uma das maiores espécies de primatas que já existiram, o Gigantopithecus.

Ilustração 6-Orangotangos(novo mundo)

Ilustração 7-Gigantopithecus(novo mundo)


Reflexão:Os primatas que continuaram na África deram origem aos actuais chimpanzés, gorilas e há 5 milhões de anos um primata que adoptou definitivamente o andar erecto em "pouco tempo" começou a dominar o Planeta até á actualidade.

Bibliografia:

sexta-feira, 16 de março de 2012

Homo Antecessor - O Regresso

A Serra da Atapuerca é uma antiga região de Espanha ,na província de Burgos .
Neste local , existem várias cavernas ,onde foram descobertos vários fósseis e ferramentas de pedra dos primeiros homínideos .
Os primeiros hominídeos surgiram á 1,2 milhões de anos atrás . Perante estas descobertas , o sítio arqueológico de Atapuerca foi designado Património Mundial da UNESCO.


Serra da Atapuerca










Aqui está disponível um vídeo bastante interessante acerca dos Homo Antecessores ,vejam !







The fugitives returned homo predecessor.
The geodescobertas investigating the case!




Homo Antecessor é um hominídeo extinto que surgiu á cerca de 1,2 milhões de anos e perdurou até cerca de 800 000 anos (Pleistocénico Inferior). Este é considerado o hominídeo mais antigo .
Relativamente ás suas características estes indivíduos eram altos ,mediam em média entre 1,60 metros a 1,80 metros e o peso dos machos rondava os 90 quilos. A sua face tinha traços modernos ,porém o seu cérebro era menor que do homem actual medindo entre 1000 a 1150 cm3. 
Os seus descobridores JM Bernúdez de Castro , JL Arsuaga, E. Carbonell, A. Rosas, I.Martinez e M. Mosquera destacam um conjunto de traços primitivos do aparelho dentário o que levou a estabelecer uma relação com os hominídeos africanos do Pleistocénio Inferior. Contudo , o padrão de desenvolvimento dos dentes é praticamente idêntico aos das populações modernas . 
A morfologia facial é similar aos dos Homo Sapiens que nos remete para uma orientação coronal e ligeira inclinação para trás da placa infraorbital , que determina a presença de uma fosse canina muito notável . 
A morfologia da mandíbula remete-nos para uma espécie pertencente ao Pleistocénico Médio : Homo Heidelbergensis . Importante será referir por fim o esqueleto pós cranial que indica uma certa graciosidade em comparação aos Neanderthais que eram mais robustos .
Durante as investigações os restos humanos descobertos ,encontravam-se em boas condições ,mas correspondem a fragmentos de tamanho variável . Esta fragmentação,marcas de corte e  os inchaços, são produzidos por ferramentas de pedra que indiciam claros actos de canibalismo. Quase 50% dos fósseis humanos têm cortes ou fracturas causadas por ferramentas de pedra e os locais mais comuns são os ossos do crânio e do esqueleto pós crânio , o que nos remete para um consumo total de corpos.











''Atapuerca era um bom lugar para viver. Havia um rio próximo e era um ponto alto , logo era um bom ponto de vantagem para os caçadores. Os abrigos rupestres lá proporcionou-lhes refúgio.''

 Professor José Bermúdez de Castro, do Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid e co-diretor da equipe de pesquisa de Atapuerca.


Curiosidades:

O conjunto  de restos humanos de Atapuerca oferece uma visão fascinante, mas mais preocupante para a vida.
Arqueólogos intrigados com os restos descobertos de trinta e dois  indivíduos acumulados no fundo de um poço estreito.
Os pesquisadores  concluíram que os restos vêm de um grupo e foram atirados  para lá no espaço de um ano. Quase todos são adolescentes, com excepção de dois adultos e uma criança.

"Deve ter sido uma catástrofe.Poderia ter sido devido a uma epidemia, ou de várias doenças" - comenta Bermúdez de Castro.
Muitos ossos mostram sinais de má saúde, incluindo desnutrição, infecções e crescimentos anormais.
Mas Carbonell acha que pode explicar o grande número de adolescentes na cova. 

"Na minha opinião, a morte de muitos juvenis é muito normal para as populações que vivem os períodos de médio e final do Pleistocénio", explica ele. 
"As mulheres de 16 a 18 anos podem ter morrido no parto. 
Homens com idade entre 9 a 12 anos estão numa  fase em que, deixam a proteção das suas famílias, mas ainda são frágeis diante da natureza. Eles estariam mais predispostos a terem sido mordidos ou mortos por animais selvagens ", acrescenta Carbonell.


Exemplos :



Atapuerca Crânio 5
Museu Recreação Qualidade
WBH-022 




Atapuerca Crânio 5 - Crânio Atapuerca 5 foi descoberto em 1992, por Juan- Luís Arsuaga , nas cavernas de Sima de Los Huesos , na Serra de Atapuerca ( Espanha). Este crânio quase completo Homo Heidelbergensis tem a abertura nasal ampla e grandes. Remonta a 350.000 a 500.000 anos atrás.


Especificações :

Classe : Fósseis de Hominídeos 
Família : Hominídeos Fóssil 
Origem : Espanha 300 000 anos 
Dieta : Omnívoro
Comprimento do crânio : 20 cm



Bibliografia :



Rita Pereira