sexta-feira, 1 de março de 2013

Cientistas encontram criatura marinha com mais de 500 milhões de anos


De acordo com o site Live Science, uma equipe de cientistas resgatou um fóssil marinho de 520 milhões de anos na China. Trata-se de um artrópode chamado fuxhianhuiid que contava com membros primitivos na parte inferior da cabeça, provavelmente utilizados para levar alimentos até a boca e ajudar a criatura a se mover no fundo do mar.
Além disso, o fóssil pré-histórico também revelou que o artrópode contava com um dos mais antigos exemplos de sistema nervoso que se estendia além da cabeça. Segundo a publicação, este possivelmente é um dos fósseis de animais mais antigos de que se tem notícia e, por sorte, ele encontra-se incrivelmente bem preservado.
Outros fósseis dessas criaturas já haviam sido encontrados anteriormente, mas nenhum deles trazia o animal na mesma posição que o espécime encontrado agora. Todos os demais fósseis mostravam os artrópodes em uma disposição que tornava impossível estudar seus delicados órgãos internos.
Os pesquisadores acreditam que o fuxhianhuiid habitou o nosso planeta quase 50 milhões de anos antes que os animais marinhos começassem a evoluir e a deixar as águas — dando origem às criaturas terrestres —, durante a explosão cambriana. Esses pequenos artrópodes provavelmente passavam a maior parte do tempo perambulando pelo leito do mar em busca de comida.
Os cientistas inclusive acreditam que os fuxhianhuiid eram capazes de nadar pequenas distâncias, e os membros primitivos observados podem ajudar os pesquisadores a entender a história evolutiva dos artrópodes, classe de animais que inclui os insetos, aracnídeos e os crustáceos.

Fig1: fuxhianhuiid


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Afinal quantas espécies diferentes de vida existem no planeta?


Um artigo agora publicado na revista Science junta as duas pontas para concluir que, com um pouco de esforço adicional, é possível completar, em determinados cenários, o trabalho de descrição da maior parte da vida no planeta até ao final século.
O trabalho – liderado pelo investigador Mark Costello, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia – parte de uma revisão do que se sabe para concluir que haverá menos espécies do que se imagina, que as piores estimativas sobre o ritmo de extinções não são credíveis e que há cada vez mais taxonomistas a varrer a natureza à procura de novos animais e plantas. “Uma reunião de biólogos conservacionistas ou ecologistas raramente está completa sem preocupações sobre o ritmo das extinções, de que milhões de espécies ainda estão por ser descobertas e de que o esforço taxonómico está a diminuir”, dizem os autores, no artigo. “Defendemos que pelo menos duas destas preocupações estão erradas”, completam.
Há cerca de 1,9 milhões de espécies conhecidas no mundo, mas muitas serão “sinónimos” – ou seja, o mesmo bicho ou planta, mas descritos mais do que uma vez. Os autores estimam que uma em cada cinco espécies estará nesta situação, o que coloca o número verdadeiro em 1,5 milhões.
Já o número de espécies desconhecidas, que ninguém até agora viu ou nomeou, tem sido estimado entre dois milhões e 100 milhões. A partir de uma série de estimativas novas, publicadas nos últimos dois anos, o artigo conclui que os números estarão confinados a um intervalo menor – entre dois e oitos milhões, com cinco milhões como valor médio.
Também com base na literatura já publicada, Mark Costello e os seus colegas Robert May (Universidade de Oxford) e Nigel Stork (Universidade Griffith) concluem que haverá um exército de 47.000 taxonomistas no mundo. Na última década, terão descoberto em média 17.500 espécies novas por ano. “Os taxonomistas não estão em risco de extinção”, conclui o artigo.
Para estes profissionais, o pior pesadelo é imaginar que enquanto novas espécies são descobertas, outras, em número maior, estarão a desaparecer do planeta. O trabalho publicado na Scienceargumenta que talvez seja possível minorar esta frustração. “Há provas de que as extinções contemporâneas não têm sido tão elevadas como alguns previam”, escrevem os cientistas. O mais realista será admitir que, em cada década, no máximo 1% das espécies chegue ao seu fim na Terra – contra estimativas mais pessimistas que apontam para taxas de até 5%.
A incerteza no ritmo de extinções permanece maior do que a que existe sobre o número de espécies na Terra. Ainda assim, se o esforço dos taxonomistas for aumentado – algo que, segundo os autores, é possível – pode-se chegar a dois milhões de espécies descritas em 2040, 3,5 milhões em 2100 e cinco milhões em 2220.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mina de Neves-Corvo- A possuidora do Cobre


A mina de Neves Corvo situa-se em Castro Verde . 
 A sua exploração começou em 1982 e mantém-se em curso . Mas ,desde 1981 até os dias de hoje que uma vasta equipa de  especialistas tem feitas várias construções,adquirido vários utensílios para a descoberta daquilo que a mina tem para nos oferecer.A existência de numerosos minérios de cobre e ferro na faixa Piritosa Ibérica foram determinantes no modo de vida das populações aí residentes,tendo existido a prática de mineralização desde o Calcolítico( Idade do Cobre ) que se situa entre o Neolítico e a Idade do Bronze( aproximadamente 2500 a 1800 a.C) .Na época romana foram exploradas vários jazigos de sulfureto, do sector português da faixa Piritosa Ibérica,como  por exemplo a do São Domingos. 

Actualmente,como foi acima referido a única exploração mineira existente na faixa Piritosa Ibérica é da mina de Neves Corvo, onde existe  uma elevada produção de concentrados de cobre e estanho, e no futuro a produção de zinco. A organização deste projecto mineiro tem conduzido à descoberta sistemática de novas reservas de minérios complexos. A actividade extractiva na mina de Neves Corvo salienta-se ainda pelo respeito, pelas normas ambientais mais exigentes, sendo um bom exemplo de mineração ecológica.
Porém , a maioria das minas da faixa Piritosa Ibérica  encontram-se abandonadas pois,  todas as tentativas de exploração lá tentadas  não provocaram qualquer tipo de impacto ,causando apenas gastos. A mina acima referida é uma excepção ,cujas todas as explorações  lá feitas apresentam impactos ambientais significativos ,principalmente a nível hidiográfico.
A Ribeira de São Domingos, afluente do rio Chança, constitui um exemplo de um curso de água afectado pela drenagem não controlada de efluentes ácidos provenientes da área mineira de São Domingos. Os troços da rede hidrográfica situados a jusante dos centros mineiros da faixa Piritosa Ibérica ,  encontram-se afectados em vários quilómetros com águas de pH ácido .No caso da mina de São Domingos, a inexistência de políticas protectoras do ambiente no seu processo de encerramento traduz-se, actualmente, numa pesada herança reflectida na presença de um grande volume de escombreiras onde se identificam metais como  Cu, Pb, Zn, As, Sb e Ag.


  Bibliografia :




Rita Pereira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Novas técnicas de captação de Carbono


Estudos comprovam que a apesar da grande libertação de carbono para a atmosfera feita pelo homem, não é na atmosfera que se encontra a maior concentração deste gás. Este gás encontra-se em grandes quantidades nos oceanos e nas florestas.
Para retirar este gás que contribui para o aumento de estufa foram desenvolvidas algumas técnicas artificiais. Quando se pretende retirar o carbono do oceano podem-se optar por duas hipóteses: por injecção directa ou por fertilização do oceano. O processo de injecção directa consiste em interiorizar directamente no oceano CO2, que ao se dissolver na água vai reduzir o seu pH deixando a água mais ácida. Este processo tem grandes desvantagens pois como se altera a composição química da água, leva á morte de alguns organismos existentes na zona onde o gás é injectado. O processo de fertilização dos oceanos é a adição de ferro em zonas onde a produtividade biológica é limitada, isto provocará um aumento do fitoplâncton, acelerando a fotossíntese e por conseguinte a diminuição do carbono.
Já quando se pretende retirar o carbono existente nas florestas a única hipótese é a reflorestação das florestas, mas este processo não é rentável pois a emissão de gases de efeito de estufa é muito superior ao utilizado pela floresta, logo nunca retirará carbono da atmosfera nem a curto nem a longo prazo.
Podemos concluir que apesar de existirem muitas maneiras de retirar carbono do planeta, ate agora isso não foi rentável pois implicam grandes custos e alterações nos ecossistemas.

Fig.1- Esquema representativo das quantidades de carbono libertadas para a atmosfera.


Referências:



Mariana Marinho

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Convento de Mafra



Figura 1- Convento de Mafra

O Convento de Mafra é um monumento importante a nível arquitectónico, histórico e cultural, testemunho do século dezoito em Portugal pela sua grandiosa beleza. Para a sua construção foram utilizadas rochas existentes na região  nos quais estão inseridos importantes elementos geológicos e paleontológicos de elevado valor patrimonial e cultural e natural.

Figura 2 - Claustro Central. 
 (Coluna em liós e Chão revestido de liós)

claustro central no Convento de Mafra tem uma coluna constituída por liós e o chão revestido por liós ,um tipo raro de calcário encontrado na região de Lisboa e arredores nomeadamente na serra de Sintra, sendo aqui extraído nos arredores da vila Pêro Pinheiro.
Os seus depósitos foram formados no período cenomaniano-cretácico num ambiente de mar pouco profundo de águas quentes e límpidas propícias á proliferação de organismos de esqueleto carbonatado construtores de bancos de recifes. A rocha caracteriza-se por ser um calcário bioclastico e calciclastico compacto, rico em biosparite e microsparite, geralmente de cor bege.



Figura 2- Sala da Benção




Na Sala da bênção podem-se observar desenhos geométricos com vários tipos de rocha da região representantes de idades e contextos geológicos distintos. 
Todas as litologias utilizadas na construção do Convento de Mafra , são exemplos de rochas sedimentares. O calcário de S. Pedro é um mármore (rocha metamórfica). Esta rocha originou-se devido à acção de elevadas temperaturas das rochas magmáticas sobre o calcário encaixante quando se instalou o Maciço Eruptivo de Sintra. Desta forma, as rochas existentes na região de Sintra (Mafra) reflectem duas fases importantes e distintas da História Geológica da região. Por um lado, testemunham vários episódios sedimentares em que se formaram espessos depósitos calcários, muitas vezes intercalados com níveis margosos ou até areníticos (Jurássico –Cretácico, entre 160 a 90 Ma atrás). Por outro lado, são evidências
dos fenómenos magmáticos e vulcânicos que se deram na região por volta dos 100 e 70-80 Ma e que levaram à formação de filões basálticos ainda hoje observáveis na região de Mafra, e à instalação do Maciço Eruptivo de Sintra, que se encaixou entre formações do Jurássico Superior.

                   Figura -Sala da Bênção - pormenor do chão(Amarelo de Negrais,
                       Liós abancado,Azul de Sintra,Calcário de Mem Martins)


Pode observar-se uma laje de grandes dimensões de Liós com Rudistas com marcas de corrosão química
(carsificação) pela água das chuvas levemente acidulada pela dissolução de dióxido de carbono atmosférico incrementado pelos efeitos de poluição automobilística.


Sala da Bênção – pormenor do tecto (Liós,Azul de
Sintra, Liós Abancado)




Figura - Biblioteca do Convento De Mafra


Figura - Estante da Biblioteca

Da biblioteca do Palácio constam perto de 38 000 volumes, divididos por temas. A biblioteca faz uma cruz: a norte o saber religioso, a sul o saber  científico, posicionando-se o saber clássico no braço do cruzeiro.

Bibliografia:

Rita, Joana , Mariana G.



"Como a Terra nos fez"


No decorrer de várias aulas de Geologia visionamos um  extraordinário documentário intitulado “Como a Terra nos fez” , composto por uma série de  5 episódios apresentados pelo professor  Iain Stewart.
Ele mostra como a Geologia, a Geografia e o Clima influenciaram a Humanidade ao longo dos séculos.
Dos 5 episódios disponíveis foram-nos apresentados 2 denominados:
-Deep Earth (Interior da Terra);
-Water (Água).

No episódio Deep Earth, Iain explora a relação entre as profundezas da Terra e o desenvolvimento da civilização humana. Visitando uma caverna de cristais no México, descendo por um buraco no deserto Iraniano de 50 metros e que se arrasta por túneis de 700 anos. A sua exploração mostra ao longo da história, que os nossos antepassados tinham uma atracção por falhas geológicas, áreas que ligam a superfície as profundezas do planeta. Essas falhas forneceram acesso a importantes recursos, mas também trouxeram grandes perigos.
No episódio seguinte, Iain explora a nossa complexa relação com a água. Visitou lugares extraordinários na Islândia, Médio Oriente e Índia, mostrando como o controle da água foi vital para a existência humana. Acompanhando o ciclo da água, do qual dependemos, revelando como os habitantes das bases dos Hiamalaias construíram uma estratégia para lidar com as chuvas tropicais que lhe iam surgindo. Ao longo do tempo, o nosso êxito dependeu da nossa forma de adaptação e controlo sobre os recursos hídricos.



Sónia Silva & Mariana Marinho


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fafe-Energias Renováveis


Como já se sabe os recursos energéticos que mais utilizamos são finitos. Para que possamos continuar a ter acesso a certas regalias é melhor começar a prevenir antes que o petróleo e o carvão se esgotem.
Fafe decidiu investir nas energias renováveis, mais propriamente nas energias eólicas. Desde 2008 que o Parque Eólico das Terras Altas de Fafe, com 53 aerogeradores tem produzido energia eléctrica a partir do vento. Actualmente este parque produz energia eléctrica suficiente para abastecer os concelhos de Fafe, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto (90000 habitantes).

Fig.1- Aspecto do Parque Eólico das Terras Altas de Fafe
Fig.2- Exemplo de um aerogerador
Referências:


Mariana Marinho