quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Morfologia da Serra Da Estrela

A serra da estrela constitui o ponto mais alto de Portugal continental e pertence á extremidade oriental do segmento português da cordilheira Central.
O maciço da Estrela é constituído por planaltos alongados, que se elevam de NE para SW, atingindo os 1993 metros que corresponde ao planalto das Torres.

Fig.1- Ponto mais alto da Serra da Estrela (1993 m)
A Serra da Estrela resultou de movimentos tectónicos ocorridos principalmente no Cenozóico, mais concretamente entre o Miocénico Superior e o Pliocénico. Ao mesmo tempo que se dava o soerguimento do bloco rochoso que constitui a serra da estrela ouve um abatimento dos outros blocos rochosos. O levantamento da serra foi também afectado por uma elevada erosão fluvial, que levou ao seu estreitamento, formando vales de variadas dimensões.

Fig.2-Vales de várias dimensões constituintes da serra da Estrela

A morfologia da serra foi também influenciada pelas várias glaciações a que foi sujeita. Estes blocos de gelo chegaram a cobrir o ponto mais alto da serra durante o Pliocénico Superior (18.000 a 20.000 anos).

Fig.3- Vale formado devido as glaciações a que a serra foi sujeita.
As principais rochas constituintes da serra da estrela são rochas graníticas hercínicas. Estas rochas têm composições variadas desde granodioritos ate aos leucogranitos, e estão datas entre os 340 e os 280 milhões de anos. Estas rochas contêm também metassedimentos datados de Pré-câmbrico que faziam parte do complexo Xistograuváquico.





Referências:



Mariana Marinho

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Carcharodon megalodon

 Carcharodon megalodon  (também denominado megalodonte ou tubarão-branco-gigante) foi uma espécie de tubarão  gigante que provavelmente viveu entre 20 e 1,6 milhões de anos atrás no período Mioceno. O tamanho deste tubarão era entre 20 e 25 metros, com um peso que podia chegar as 50 toneladas. Existe a teoria de que os megalodontes adultos se alimentavam de baleias que se extinguiram quando os mares polares se tornaram demasiado frios para a sobrevivência dos tubarões, permitindo que as baleias pudessem estar a salvo deles durante o verão.
Carcharodon Megalodon é representado no registo fóssil principalmente pelos seus dentes e centra vertebral. Como acontece com todos os outros tubarões, seu esqueleto era formado por cartilagem em vez de ossos. Os fósseis mais comuns de megalodontes são os dentes. Os dentes têm: forma triangular, estrutura robusta, são de grande porte, serrilha boa e são em forma de V. Os dentes deste tubarão podem medir mais de 18 cm de altura ou comprimento e são maiores do que os de qualquer espécie de tubarão  conhecida.

Fig.1- Dois dentes de tubarão (branco) em comparação com um único dente de Megalodon (preto). 
Fig.2- Impressão artística de um Megalodon perseguido por duas baleias.
Fig.3- Dente de Megalodon  com altura superior a 17 cm.
Referências:



Sónia Silva

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Datação Relativa de um conjunto de estratos

A estratigrafia é o ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. Basicamente segue o princípio da sobreposição das camadas.
Fig.1- Corte geologico

Depósito de sedimentos do estrato A que sofre factores de metamorfismo originando um dobramento (princípio da sobreposição de estratos). Intrusão de magma granítico, estrato B, nos sedimentos metamorfizados do estrato A (Princípio da intersecção). Em C desenvolve-se uma superfície de erosão das camadas rochosas A e B, por meteorização da superfície terrestre o que indica que A e B foram elevadas, uma vez  que tanto o metamorfismo de A como a intrusão de B foram formados no interior da terra. Depósitos de camadas sedimentares D, E e F. Desenvolvimento de uma falha em G (Princípio da intersecção). Verifica-se em H uma discordância angular, uma nova superfície de erosão, antes de sofrer erosão as camadas D, E e F sofreram deformação, visto que todos os sedimentos são depositados horizontalmente (princípio da horizontalidade inicial. Em seguida ocorre a deposição dos estratos I, J e K respectivamente (princípio da sobreposição de estratos). Intrusão de um corpo rochoso magmático, provavelmente responsável pela alimentação de fluxos de lava à superfície, que têm vindo a ser erodidos. Por fim em M verifica-se a superfície actual, que sofre de erosão.


Princípios não verificados na figura:

® Princípio da inclusão - qualquer rocha que contenha elementos de outra rocha preexistente é sempre mais recente.

® Princípio da continuidade lateral - um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão.


Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia


Mariana Marinho & Sónia Silva

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Zircões de Jack Hills

Zircão é um mineral  pertencente ao grupo dos nesossilicatos.
O zircão é um mineral notável  pela sua presença ubíqua na crosta terrestre. Está presente em muitas rochas magmáticas  (como produto primário da cristalização), nas rochas metamórficas (como grãos recristalizados) e nas rochas sedimentares (como grãos detríticos). É raro encontrar cristais de zircão de grandes dimensões. Actualmente, o zircão é tido como o recurso mineral mais antigo da Terra, tendo seu mais antigo pedaço de cristal aproximadamente 4,38 bilhões de anos.
A descoberta de altas proporções de isótopos de oxigênio nos zircões do conglomerado de Jack Hills significa que provavelmente já existia água líquida sobre a superfície da Terra pelo menos 400 milhões de anos antes das rochas sedimentares conhecidas mais antigas, da Gronelândia. Se correto, é provável que já houvesse oceanos inteiros naquele tempo, tornando o clima primitivo da Terra mais parecido com uma sauna do que com uma bola de fogo Hadeana.

Fig.1- Zircão amarelo-dourado

Fig.2- Zircões (cristais de silicato de zircônio),  minerais de 1mm  com idade aproximada de 4.4 biliões de anos

Referências:

Os estromatólitos

O estromatólitos é uma estrutura laminada construída principalmente por cianobactérias, também chamadas de algas azuis, produzido por microorganismos no fundo de mares rasos, que se acumula até formar um recife (espécie rochosa submersa logo abaixo da superfície de águas oceânicas, normalmente próxima da costa e em áreas de pouca profundidade).
Os estromatólitos desenvolvem-se como um tapete de colónia de cianobactérias dependentes da energia solar para se alimentarem e crescerem, recolhendo-se em estado dormente à noite para porções mais internas do montículo (pequeno monte) por elas criado e voltando no dia seguinte à superfície;
Estes fósseis foram primeiramente encontrados na Austrália e são a testemunha dos primeiros organismos a realizar a fotossíntese à cerca de 3,5 biliões de anos, quer isto dizer que a partir de então surgiu o oxigénio no nosso planeta.
Não somente de sílex(rocha sedimentar silicatada, constituída de quartzo)se podem  formar os estromatólitos: compõem-se também estes de carbonatos (calcite e dolomite). 

Fig.1 - Estromatólitos Lago ThetisAustrália Ocidental

Fig.2 - Recifes de Estromatólitos, Shark Bay, Austrália


Vida mais antiga do mundo animal - 650000000 Anos 

Descobertos na 

Austrália-fósseis esponja entre Estromatólitos. 




Bibliografia:


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sismo na Turquia

A Turquia tem sido alvo de vários sismos ao longo dos últimos dias. O mais forte fez-se sentir na cidade de Van, com uma magnitude de 7.2 na escala de Richter. Este sismo provocou mais de 600 mortos.
Estes sismos têm ocorrido devido ao facto de a Turquia se encontrar numa zona tectonicamente activa.
Estes sismos têm origem da colisão entre a placa Arábica com a placa Irânica. Entre estas duas placas existe um limite convergente entre uma placa continental com outra placa continental. Deste choque entre placas podem resultar cordilheiras montanhosas. A formação de montanhas deve-se ao facto de ambas as placas possuírem baixa densidade, não havendo subducção de nenhuma delas, mas sim do seu dobramento formando orogenias.


Fig.1 - Enquadramento tectónico da Turquia

Fig.2 - Esquema representativo da colisão entre placas continentais na  Turquia
Fig.3 - Fotografia representativa dos estragos causados pelo sismo
Bibliografia:

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ajustamento Isostático na Escandinávia

O ajustamento isostático, refere-se ao estado de equilíbrio gravitacional, e ás suas alterações, entre a litosfera e a astenosfera. Estas teorias aparecem no final do século XIX, por dois geo-físicos, John Pratt e George Airy. 
Ambas as teorias apresentam algumas diferenças.
A hipótese proposta por John Pratt e George Airy para explicar os ajustamentos isostáticos, consistia a quando do rompimento do equilíbrio isostático, em que se produziam movimentos verticais para restabelecer este equilíbrio. 
A ruptura deste equilíbrio pode ser originada a processos que alterem o peso da litosfera.
       Figura 1 - Esquema representativo das teorias de Pratt e Airy.

Segundo Niskanen, a situação da Escandinávia resulta do facto de no último milhão de anos esta zona estar coberta por uma “calote” glaciária, o que obrigaria a um equilíbrio isostático de acordo com essas condições.
Há cerca de 12000 anos, no período pós-glaciário, com a fusão dessas massas de gelo que cobriam a Escandinávia, as raízes do bloco escandinavo tornaram-se demasiado profundas para um baixo-relevo superficial.
Tal situação conduziu o que se encontra hoje quase concluído,embora à escala da duração da vida humana este fenómeno pareça ser muito lento, ele é considerado quase instantâneo à escala geológica.
Figura 2 - Gráfico da anomalia gravimétrica de Escandinávia

 Figura 3- Esquema representativo do ajustamento isostático



Bibliografia:

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Fundos Oceânicos

A idade dos sedimentos dos fundos oceânicos pode ser determinada com alguma precisão, uma vez que através da análise de micro fósseis que eles contêm,pode ser lhe estabelecido o período geológico em que estes se depositaram.as camadas sedimentares dos continentes  podem ser muito espessas (até 15 km) e muito antigas (até 3800 M.a.), nos fundos oceânicos elas são bastante mais finas e relativamente recentes (200 M.a. no máximo).
A velocidade de sedimentação em ambientes marinhos é praticamente constante, a espessura dos sedimentos é tanto maior quanto mais antiga for a região oceânica.
Dado que os grandes rios possuem uma elevada capacidade de transporte de materiais de natureza sedimentar, os mais grosseiros acumulam-se próximo das margens continentais, enquanto que os mais finos são depositados a maiores distâncias, uma vez que são levados pelas correntes marinhas. 
Os sedimentos dos lados opostos da dorsal, têm a mesma distância e a mesma idade geológica. 


 
           Fig.1 - Amostra de sedimentos do lado Este da dorsal

       Fig.2 -Amostra de sedimentos do lado Oeste da dorsal
Bibliografia:




Sónia Silva

Bjork-Mutual Core

Mutual Core


I shuffle around
The tectonic plates
In my chest
You know I gave it all


Try to match our continents
To change seasonal shift
To form a mutual core


As fast as your fingernail grows
The Atlantic Ridge drifts
To counteract distance
You know I gave it all


Can you hear the effort
Of the magnetic strife?
Shuffling of columns
To form a mutual core


This eruption undoes stagnation
You didn't know I had it in me
Withheld your love, an unspent capsule
I didn't know you had it in you
You hid the key to our continuity
I didn't know you had it in you
This eruption undoes stagnation
You didn't know! You didn't know!


What you resist persists
Nuance makes heat
To counteract distance
I know you gave it all


Offered me harmony
If things were done your way
My eurasian plate subsumed
Forming a mutual core


This eruption undoes stagnation
You didn't know I had it in me
Withheld our love, an unspent capsule
I didn't know you had it in you
This eruption undoes stagnation
You didn't know I had it in me
This eruption undoes stagnation
You didn't know! You didn't know!

Núcleo Mútuo

Eu me mesclo meio
Às placas tectónicas
Do meu peito
Você sabe que dei tudo de mim


Numa tentativa de unir nossos continentes
Para alterar os deslocamentos sazonais
Para formar um núcleo para todos


Tão rápido quanto o crescimento das suas unhas
A Dorsal Meso-atlântica é levada pela corrente
Para neutralizar a distância
Você sabe que dei tudo de mim


Você consegue ouvir o esforço
Dos conflitos magnéticos?
A mistura das colunas
Para formar um núcleo para todos


Esta erupção desfaz a inércia
Você não sabia que eu tinha isso em mim
Negou o seu amor, uma cápsula inutilizada
Eu não sabia que você tinha isso em você
Você escondeu a chave para nossa continuidade
Eu não sabia que você tinha isso em você
Esta erupção desfaz a inércia
Você não sabia! Você não sabia!


Aquilo a que você reluta persiste
A nuance cria o calor
Para neutralizar a distância
Eu sei que destes tudo de si


Ofertou-me harmonia
Se as coisas fossem à sua maneira
Minha placa Eurasiática coligada
Formando um núcleo para todos


Esta erupção desfaz a inércia
Você não sabia que eu tinha isso em mim
Negou o seu amor, uma cápsula inutilizada
Eu não sabia que você tinha isso em você
Esta erupção desfaz a inércia
Eu não sabia que você tinha isso em você
Esta erupção desfaz a inércia
Você não sabia! Você não sabia!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Actividade Experimental: Criação de modelos explicativos da Corrente de convecção, do Processo de rifting e da Pluma térmica

Modelo de correntes de convecção


Ao aquecermos um recipiente com água verificamos que num dado momento se origina uma corrente ascendente no centro do recipiente (mais quente), e uma corrente descendente ao nível das paredes do recipiente (mais frio). 
Este fenómeno denomina-se correntes de convecção e deve-se ao facto de água quente ser menos densa que a água fria levando os confetis a elevar-se enquanto a que a água que se encontra a menor temperatura (mais densa) tem tendência para se afundar.

Modelo do processo de rifting



O modelo representa o processo de rifting no fundo oceânico.
Com o sub-aquecimento do magma observa-se a ascensão de matéria vindo do manto e a fusão das rochas subjacentes, podendo se constatar que as fissuras existentes no solo se vão alargando, criando-se simultâneamente, outras novas.
O solo eleva-se de modo gradual e posteriormente de forma abrupta, subsidie, o que denuncia uma erupção eminente.

Modelo de pluma térmica



As plumas térmicas são colunas estreitas de material quente que sobem lentamente do manto inferior.
Ao subirem, devido á diminuição da pressão, poderá ocorrer fusão de material que é ejectado através da litosfera alimentando certos vulcões.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Formação das Ilhas das Canárias

Ao longo dos tempos, numerosas erupções contribuíram para o crescimento deste monte submarino que acabou por emergir, formando uma ilha vulcânica.
O contínuo movimento da placa tectónica acabou por remover a ilha de cima do ponto quente, retirando-lhe a fonte de magma,o vulcanismo cessou nesta ilha.
Com esta ilha extinta, outra começou a formar-se por cima do mesmo ponto quente,repetindo-se este ciclo.
Este processo de crescimento e extinção dos vulcões, ao longo de vários milhões de anos, criou as ilhas das Canárias em pleno Oceano Atlântico, o mesmo se passa no Hawai, desta vez no Oceano Pacífico. 

O que são pontos quentes?
Pontos quentes (do inglês hotspot), são locais em que ocorre o manto superior de temperatura mais alta do que outras regiões. 


Figura 2- Resultado da erupção vulcânica





Vídeo representativo da actividade vulcânica




Vídeo da "nova" Ilha das Canárias

Figura 1 - Esquema de um Ponto Quente


Actualmente a erupção parece estar a ocorrer em duas aberturas, como fez quando começou no dia 10.
Registam-se terramotos profundos o que significa que um novo magma está a ascender do manto e está a fluir para o vulcão.  Assim a erupção deve continuar nos próximos dias. É impossível saber por quanto tempo vai ocorrer a erupção, e ainda existe o risco de que novas aberturas se possam formar perto da costa da ilha de Hierro.
Cientistas exploram a hipótese da formação de uma nova ilha. 




Bibliografia:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Formação das Cordilheiras dos Andes

A Cordilheira dos Andes é uma extensa cadeia montanhosa situada na América do Sul. 

Esta cadeia montanhosa atravessa países como a Venezuela, Chile, Argentina, Peru, 
Bolívia, Equador, Colômbia e por fim a Patagónia. A sua formação geológica é a mesma 
da do período Terciário da Era Cenozóica. Possui 8000 Km de extensão e o seu ponto 
mais alto com 6962 metros , chamado pico do Aconcágua.




Os Andes são o resultado do movimento das placas tectónicas, nomeadamente da 
placa de Nazca e da placa Sul-Americana. No limite destas duas placas encontra-se uma
 zona de subducção, que leva a que a crosta oceânica seja empurrada contra a crosta 
continental (Figura 1). A placa sul-americana move-se para Oeste, o que faz com que a
 placa de Nazca se mova para debaixo dela. O resultado deste choque levou ao
 enrugamento da superfície continental, formando as cadeias montanhosas (Figura 2). 
O processo gerou uma intensa actividade sísmica e vulcânica provocando a elevação da
 placa sul-americana e dos sedimentos da sua margem continental, formando a
 cordilheira dos Andes(Figura 3). A última grande movimentação destas placas deu-se a
 quando da formação da Cordilheira dos Andes.
Figura 1

 
Figura 2


Figura 3

Estudos recentes mostram que o soerguimento dos Andes continua devido aos 
constantes movimentos das placas tectónicas dessa região.


Bibliografia: